A primeira semana de março de 2025 trouxe um mercado lácteo com manutenção de preços e sinais de alta, especialmente nos derivados do leite. A queda na oferta de leite a campo, aliada à maior procura, tem impulsionado reajustes nos preços dos lácteos. O feriado no início da semana reduziu o volume de negociações, mas para os próximos dias a tendência é de altas mais expressivas.
Análise dos Gráficos
1. Muçarela: Tendência de Alta
O preço da muçarela segue estável, mas com sinais de reajuste.
As cotações subiram, mas os preços efetivos das negociações ficaram próximos ao patamar anterior.
A tendência para a próxima semana é de aumento real nos valores, impulsionado pela menor oferta de leite no Sul do Brasil e alta no leite spot.
2. Capacidade de Pagamento ao Produtor
A média de pagamento ao produtor brasileiro se manteve estável em R$ 2,64.
No Mercosul, os valores também estão estagnados, refletindo pouca variação no mercado internacional.
A previsão para o próximo mês é de pequenos reajustes positivos, acompanhando o movimento de alta nos preços dos derivados.
3. Leite em Pó: Pressão nos Custos
O mercado de leite em pó está estável, mas com negociações lentas devido ao feriado.
A disponibilidade de leite em pó nacional está diminuindo, enquanto os custos dos importados devem se manter elevados nos próximos 60 dias.
Os preços internacionais seguem estáveis, mas com pequenas variações entre alta e baixa.
4. Leite UHT: Expectativa de Valorização
O leite UHT apresentou um leve aumento de preços na primeira semana de março.
Devido às movimentações no mercado spot e à menor oferta de leite a campo, a tendência é de que os preços se consolidem em patamares mais elevados.
Algumas indústrias já estão se preparando para um aumento mais significativo a partir de 10 de março.
Conclusão e Perspectivas
O mercado lácteo começa março com sinais mais claros de valorização nos preços, especialmente na muçarela e no leite UHT. A menor disponibilidade de leite no Sul, somada à estabilidade dos custos internacionais, deve impulsionar reajustes para os próximos meses.
O setor precisa monitorar as oscilações no mercado internacional, o comportamento da demanda interna e a evolução da oferta para ajustar estratégias e maximizar oportunidades.
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